O PERSPECTIVISMO AMERÍNDIO: NO PENSAMENTO ANTROPOLÓGICO DE CLAUDE LÉVI-STRAUSS E EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO
Arley Silva Oliveira and
Roberto Carlos Amanajas Pena
Contribuciones a las Ciencias Sociales, 2014, issue 2014-05
Abstract:
O presente artigo tem como definição a obra de Claude Lévi-Strauss e seu pensamento no que diz respeito ao ameríndio, ou seja, o nativo que habita as Américas, o trabalho está sincronizado com o antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro, a respeito do qual o pensador Claude Lévi-Strauss comenta: “Viveiros de Castro é o fundador de uma nova escola na antropologia. Com ele me sinto em completa harmonia intelectual”, ou seja, Eduardo Viveiros de Castro é um dos principais representantes desta vertente no Brasil, destacando-se que sua experiência como antropólogo que se concretizou junto ao povo indígena Araweté. Assim como, um pequeno comentário do antropólogo Franz Boas e Edward Tylor este quem definiu cultura cientificamente pela primeira vez, em 1871, em sua obra Primitive Culture. A cultura em muitos casos, se tem uma inteira ligação com o senso-comum por ser gerado a partir de um hábito ou praxe sequencial dos seres em questão, então batizamos cultura sendo, uma diversidade de tradições ocorridas, a partir de uma descendência capaz de gerir por longos anos o mesmo propósito incomum, o que caracteriza que a tradição de uma mesma comunidade está inserida nos próprios de ambientes geográficos. O complexo de entendimento que inclui uma infinita gama de ações humanas, abrangendo desde a linguagem, moral, leis, costumes, religião, economia até a arte, proporciona-se um aparato de consciência viva dessas culturas. No entanto, trata-se de uma questão de interação, pois, os povos pesquisados na sua essência também se inclinam para as potencialidades do grupo que fazem parte. O perspectivismo ameríndio pode ser definido como algo irreal e racionalmente pensado, ou seja, é um atributo ou categoria que o pensamento pode construir com base na alteridade, ou melhor, passa então a fazer parte de uma consciência do outro, o outro é quem define a realidade conforme o seu perspectivismo. O pensamento filosófico em questão está condicionado à natureza do outro, é isso que, torna a realidade por meio do perspectivismo uma flecha que direciona em vários sentidos. Se inclinado para o simulacro, ao qual, ela aparece não é a realidade, mas sim a percepção de realidade. É a realidade exterior que se apresenta no funcionamento da sociedade, e uma dessas sociedades é o ameríndio no entender do estruturalista o que interessa é o mecanismo interior, a ação do inconsciente, trocas e simbolismo. O estudo dos seus componentes cosmológicos leva Lévi-Strauss a um aprofundamento questionável da cultura ameríndia, que até então se escoava num rio de aguas turvas e correntes que voltava para o ponto inicial, perdido em conceitos e nenhum objeto real traçado. Temos uma gama de pensamentos voltados para a essência das etnias amazônicas, porem, o que se caracteriza por iniciais de identidade é a estrutura que eles compõem para o ciclo evolutivo do pensamento ameríndio. Por isso, as cosmologias são identificadas como algo que está presente na natureza do homem. Em se tratando da filosofia é a natureza do ambiente que gera estas análises, a filosofia entra com a interpretação profunda marcada no inconsciente do outro.
Keywords: Eduardo Viveiros de Castro; Perspectivismo Ameríndio; Claude Lévi-Strauss; Cultura ameríndia. (search for similar items in EconPapers)
Date: 2014
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