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Gestão e desenvolvimento nas perspectivas gerencial e guerreirista

Lucas Xavier Trindade and João Pedro de Castro Nunes Pereira

Contribuciones a las Ciencias Sociales, 2018, issue 2018-12

Abstract: O artigo analisa possíveis formas de condução do Estado, tendo por base, o modelo gerencial e uma alternativa mais abrangente desenhada nos escritos de Alberto Guerreiro Ramos. O gerencialismo passa a ser adotado em países em vias de desenvolvimento de forma prescritiva impulsionado pelos efeitos da globalização sobre os movimentos que pressionavam por reformas na gestão do aparelho do Estado nesses países como uma condição de alcançarem os mesmos níveis de desenvolvimento experimentados nas nações de capitalismo avançado. Como exemplo, apresenta-se as justificativas que levaram a adoção do modelo gerencial pelo Estado brasileiro bem como se discute a racionalidade subjacente a esse modelo. No gerencialismo o desenvolvimento se constitui em sinônimo da noção de bem-estar pregado pela economia política o qual se materializaria exclusivamente em países desenvolvidos. Esse bem-estar, para os países em desenvolvimento, representa uma necessidade histórica que para ser alcançada existiria a condição necessária de adoção da mesma racionalidade de gestão estatal dos países desenvolvidos. Esta noção implicou em renegação das próprias possibilidades de desenvolvimento nos países ainda em vias de alcança-lo e propiciou a construção de um modelo com as seguintes características: a) sociedade unidimensional centrada unicamente no mercado; b) gestão do Estado carregada de racionalidade instrumentalista; c) organizações tecnocratas que vislumbram apenas a sua eficiência e eficácia e renegam a sua efetividade de intervenção na sociedade. Como alternativa, as contribuições de Alberto Guerreiro Ramos propõem um modelo mais abrangente de gestão do Estado e de noção de desenvolvimento. Esse modelo apresenta uma alternativa para gestão pública em países em vias de desenvolvimento. Propõe-se, neste modelo, uma forma de gestão que: a) combina as racionalidades substantiva e instrumental b) em que a finalidade das organizações estatais sejam os objetivos de desenvolvimento e não apenas a perpetuidade destas organizações; c) a sociedade deve ser multidimensional e não apenas centrada na dimensão mercadológica; e d) existe possibilidade de as nações desenvolverem suas próprias possibilidades que não implicam que sejam vinculadas a uma necessidade histórica de desenvolvimento tal como experimentado nas nações modernas.

Keywords: racionalidades; Estado; Possibilidades. (search for similar items in EconPapers)
Date: 2018
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