Empresas Zombie em Portugal - Os sectores não transacionáveis da Construção e dos Serviços
Gabriel Osório de Barros,
Filipe Bento Caires and
Dora Xarepe Pereira
No 88, GEE Papers from Gabinete de Estratégia e Estudos, Ministério da Economia
Abstract:
O fenómeno das empresas zombie foi já profundamente analisado, em particular quanto ao caso do Japão. Vários autores associam a crise económica vivida na década de 1990 e a estagnação que o Japão tem vindo a verificar à deterioração do sistema bancário japonês, o qual terá contribuído atribuiu de forma continuada crédito a empresas mais fracas, muitas das quais em situação de insolvência, evitando que essas empresas tivessem que encerrar ou reestruturar, por um lado, e que o crédito pudesse ser canalizado para sectores mais produtivos. Sendo certo que o fenómeno das empresas zombie no caso do Japão comprometeu o crescimento daquele país no século XX, é relevante identificar o peso desse tipo de entidades no tecido empresarial português e qual tem sido a sua evolução ao longo do tempo. O presente estudo mostra que, entre 2008 e 2015, nos sectores portugueses não transacionáveis da Construção e Serviços, entre 5% (2008) e 12% (2013) das empresas no mercado eram zombies. Confirmamos ainda as previsões teóricas e os resultados empíricos anteriores de que uma maior presença zombie na Construção e nos Serviços tem implicações significativamente negativas nas empresas saudáveis a operar no mesmo sector, nomeadamente reduzindo o investimento e o emprego e aumentando o hiato de produtividade entre as empresas mais e menos produtivas de cada sector.
Keywords: Empresas Zombie; Construção; Serviços; Sectores Não Transacionáveis; Afetação de Recursos; Financiamento; Investimento; Emprego (search for similar items in EconPapers)
JEL-codes: E22 E24 G32 L25 O47 (search for similar items in EconPapers)
Pages: 26 pages
Date: 2017-12, Revised 2017-12
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