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Territorios desprotegidos e as novas fronteiras dos recursos naturais na Amazônia: uma analise dos vetores de pressão antrópica na Apa Triunfo do Xingu – PA

Bianca Caterine Piedade Pinho, Beatrice Christine Piedade Pinho and Debora Oliveira Gomes

Contribuciones a las Ciencias Sociales, 2017, issue 2017-11

Abstract: A criação de áreas protegidas constitui uma importante politica de proteção da natureza em ambientes fortemente antropizados, com a função de aliar a conservação dos recursos naturais com a sustentabilidade da qualidade de vida da população local. Deste modo, este trabalho busca identificar as principais pressões antrópicas que ameaçam a biodiversidade e a conservação dos sistemas naturais e a sustentabilidade dos recursos naturais no interior da APA – Triunfo do Xingu. Para isto, integrou-se em um banco de dados geográficos informações temporais de dados ambientais referentes ao monitoramento da cobertura florestal e a gestão territorial. Neste sentido, criou-se uma base cartográfica com informações referente à hidrografia, estradas, localidades e áreas de proteção permanente, para o levantamento destas informações foram utilizadas imagens Landsat 8 com camada de alta resolução (15 m) para o ano de 2016 que foram sobrepostas aos dados de desflorestamento e queimadas das cenas 225/64, 226/64, 226/65 e 225/65 dos projetos PRODES, TERRACLASS e PROARCO (INPE) assim como também o levantamento de informações a cobertura da terra referentes a áreas que possuem o cadastro ambiental rural (CAR) emitidos pela SEMMA – PA, as informações foram organizados e manipulados em uma plataforma livre para analise espacial dos fenômenos analisados. Os dados demonstraram uma significativa redução da cobertura florestal, onde o desflorestamento anterior à data de criação da área de proteção era em torno de 16,32% com a implementação da unidade de conservação em 2006 o desflorestamento atingiu 28,33% com variação relativa anual de 56,01 %, contudo apesar das altas taxas houve um processo de desaceleração do corte raso entre os anos de 2008 a 2013, devido à inserção das politicas de combate ao desflorestamento orientado pelo Plano de Ação e Controle do Desflorestamento na Amazônia Legal (PPCDAM), onde a variação anual foi de 15,30 %, mas devido à instabilidade econômica e politica do Brasil a partir de 2014 os valores voltam a crescer em um ritmo acelerado. Confrontando os valores do PRODES com o CAR, perceberam-se a existência trinta e três polígonos de desflorestamento ilegal em propriedades não cadastradas no período de 2009 a 2016 somando um total de 4312,49 ha, em contrapartida as áreas de desflorestamento ilegal em propriedades com CAR somam 14985,16 com setenta e dois polígonos de corte raso irregular. Foram identificados 53800 focos de queimadas e a construção de 407693,21 km de estradas não oficiais que tem como função escoar a produção gado como também da exploração madeireira. Os resultados da pesquisa mostraram um intenso processo de degradação da floresta ao longo dos anos representada pela conversão do uso e cobertura da terra ao longo do tempo, que foi propagada principalmente pelo avanço da pecuária ao longo das estradas, como também pela ocupação acelerada ao logo do tempo ameaçando a biodiversidade da APA – Triunfo do Xingu uma vez que os vetores de pressão antrópica ameaçam significativamente a conservação dos recursos naturais do Mosaico de Unidades de Conservação da Terra do Meio.

Keywords: Unidades de Conservação; Desflorestamento; Uso e Cobertura da Terra; Focos de Calor e Recursos Naturais. (search for similar items in EconPapers)
Date: 2017
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